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A primeira edição de Estrela da manhã veio a lume em 1936. O livro valorizava a mensagem do poeta, seu impulso de liberdade e de criação muito pessoal que, já naquela época, o apontava como um dos poetas mais originais e importantes da história da poesia no Brasil.
Estrela da manhã reafi rmava a posição assumida pelo poeta a partir de Libertinagem, seu livro anterior, a linguagem irônica alcançando a plenitude do coloquial, as nuanças de humor trágico, a insistência na poética de ruptura com a tradição, a exploração do folclore negro, o tema do “poeta sórdido”, o interesse pela vertente social, a insuspeitada nostalgia da pureza.
O livro reúne alguns dos poemas mais importantes de Bandeira, a começar pelo que dá título ao livro, que se inicia pela quadra: “Eu quero a estrela da manhã/ Onde está a estrela da manhã?/ Meus amigos meus inimigos/ Procurem a estrela da manhã”, e termina com o apelo doloroso: “Procurem por toda parte/ Pura ou degradada até a última baixeza/ Eu quero a estrela da manhã”. Em “Oração a Nossa Senhora da Boa Morte”, o poeta revela sua religiosidade de sabor popular. “Balada das três mulheres do sabonete Araxá” é uma variante moderna e um tanto irreverente de um poema famoso de Luís Delfi no, “As três irmãs”. Outros momentos marcantes do volume são o sintético e obsessivo “Poema do beco” (“Que importa a paisagem, a Glória, a baía, a linha do horizonte?/ – O que eu vejo é o beco”), “Momento num café”, “Tragédia brasileira”, “Conto cruel”, “Rondó dos cavalinhos”, “Marinheiro triste”, estrelas de primeira grandeza da poesia brasileira.