Percy Bysshe Shelley (1792-1822), poeta, escritor e ensaísta, foi expulso da Universidade de Oxford por ter escrito um ensaio defendendo o ateísmo – ‘A Necessidade do Ateísmo’ – e redigiu uma ‘Declaração de Direitos’ com 31 artigos, considerados por ele como sendo os ideais. O poeta, amante dos ideais produzidos pela Revolução Francesa, em 1789, não encontrou na Inglaterra o melhor ambiente para o exercício de sua arte. Acompanhado por sua segunda esposa, Mary, conhecida por meio da troca de correspondências com seu pai, o filósofo William Godwin, considerado percussor da filosofia libertária, o poeta e sua esposa viajaram para a Itália e Suíça, onde conviveram com Lorde Byron, referência no que diz respeito à literatura romântica inglesa, também exilado de sua terra natal. Após o suicídio de sua primeira esposa, Percy e Mary Shelley estabeleceram-se definitivamente na Itália, onde tiveram filhos.