Com o desenvolvimento da "Terceira Força" em psicologia, que se preocupa mais com o homem em sua humanidade do que com a sua definição em termos psicanalíticos ou behavioristas, e com o advento de modelos que consideram os problemas vivenciais e existenciais como dificuldades de relacionamento e comunicação "aqui e agora", registrou-se uma acentuada transferência de interesse para os aspectos positivos da personalidade
A Gestalt-Terapia está fortemente vinculada a essa posição humanista da psicologia, na qual se destacam igualmente as teorias de Maslow, Rogers, Jourard e outros que ofereceram como alternativas ao sofrimento e à angústia, não a infelicidade, mas a alegria e a plenitude vivencial. Enfatizando metas e diretrizes positivas da existência, e usando técnicas direta e imediatamente criadas para produzi-las, a abordagem gestáltica, tal como se consubstancia em tratamento, acredita haver valores na vida que a pessoa sabe, por suas próprias experiências, serem valiosos e estimulantes: espontaneidade, compreensão, cognição sensorial, liberdade de movimento, receptividade e expressividade emocionais, contato direto e proximidade emocional com outros, imediatismo e presença, criatividade e domínio de si mesmo.
Assim, a abordagem geral da Gestalt-Terapia requer do paciente que especifique as mudanças que deseja em si mesmo, ajuda-o a incrementar a sua compreensão de como a si mesmo se frustra e derrota, e auxilia-o a experimentar e a mudar. Os textos são auto-explicativos e constituem uma introdução excelente para quantos se dediquem ao trabalho gestáltico-terapêutico.