A história real e cruel de Bridget Cleary mostra que ignorância e tragédia caminham lado a lado Uma história que ainda é capaz de nos fazer arder de raiva e revolta. Ocorrida em 1895 na Irlanda, se tornou um dos episódios mais sombrios da história irlandesa, envolvendo crenças folclóricas, misticismo e a mais pura crueldade humana. Bridget Cleary era uma jovem livre e abastada que atraía olhares desconfiados de seus vizinhos e da pequena comunidade rural ao seu redor. A Fogueira da Bruxa, novo livro da marca Crime Scene, da DarkSide Books, narra a trágica história real de Bridget Cleary, uma jovem mulher cuja morte brutal pelas mãos de seu marido e parentes foi alimentada pelas crenças sobrenaturais de sua comunidade. Através de uma pesquisa dedicada e uma narrativa envolvente, a historiadora Angela Bourke reconstitui os eventos que levaram ao assassinato de Bridget e as consequências judiciais que se seguiram, destacando a influência das tradições folclóricas na vida e na morte da jovem mulher. Na Irlanda do século XIX, a crença em fadas e todos os tipos de seres sobrenaturais eram comuns, especialmente nas áreas rurais mais ermas. A cultura folclórica permeava a vida cotidiana, e muitos acreditavam que fadas e duendes malignos sequestravam pessoas, violavam corpos e roubavam almas para se parecerem humanos. Toda essa superstição foi um fator crucial na maldade e na mentira cultuada em todo o desenrolar da tragédia da jovem Bridget Cleary. Singular em sua abordagem, A Fogueira da Bruxa transforma um evento histórico em uma lente através da qual os leitores podem examinar as interseções de folclore, gênero e poder. Uma história de feminicídio muito antes do termo ser cunhado, mas com a prática perpetuada século após século , a obra de Angela Bourke obriga os leitores a refletirem sobre as cicatrizes irreparáveis que essa violência cria em nossa existência. Leitura recomendada para os entusiastas de histórias medievais, bruxaria e true crime, A Fogueira d