A mansão Millard

Na Nova Orleans em tempos de guerra civil, Helena vive uma vida comandada pelas leis rígidas de seu pai, Henfil, que divide seu tempo entre seu território de Saint Croix, onde Helena foi nascida e criada, e o posto de coronel no esquadrão sulista. Mas, as cordas que conduzem a vida de Helena sempre estiveram muito além daqueles campos da Saint Croix, em tempos muito anteriores àqueles dias, tempos em que Michel envolvia-a na paixão que os condenou, nas terras do condado Millard; lugar amaldiçoado por desejos ocultos, paixões proibidas e morte, que transformaram aquelas terras em cenário de estórias que não retratam um mínimo do que na história de Michel e Michelle verdadeiramente ocorreu. Helena sente verdadeiramente aquele amor. Sente o medo. Sente aquele desejo a chamando de volta. Mas Eitor, personagem que se encontra em posição de interferir de modo decisivo em todas estas vidas, mesmo sendo somente um escravo na propriedade do pai de Helena, não segue aquelas mesmas cordas, ele não aceita que o passado os observe e condene suas vidas a um eterno caminho de dor, desilusão e lutas sem sentido. Escravo mestiço e cavalariço em Saint Croix, apaixonado por Helena desde a infância, Eitor é peça principal em toda essa história que envolve os três, e isso se desvenda durante toda a trama até seu final surpreendente, onde o poder de Michel se vê desafiado e posto em condição de suspense e condenação. Mas, mesmo possuindo tanta paixão e poder, por que Michel não possuía tudo aquilo que ele sempre quis? Talvez, por não ser tão fácil atravessar as barreiras do ódio e da vingança ao tentar conseguir o verdadeiro amor. O amor, o qual traz a verdadeira imortalidade. O amor que preenche alma e espírito e que conduz ao lar ao invés de conduzir aos caminhos da angústia e da perda: de sentimentos perdidos, pensamentos perdidos, desejos perdidos; tempo perdido... Existência perdida. Eitor consegue descobrir, enfim, a ponte entre esses sentimentos e forças conflitantes, e oferece ma
Marca: Ipê das Letras