A nuvem púrpura

Publicada originalmente em 1901, esta obra-prima da literatura fantástica, como lhe chamou Lovecraft, conta a história do protagonista Adam Jeffson, membro de uma expedição ártica que se perde para voltar a um mundo devastado por uma estranha nuvem púrpura, que atravessa a Terra, aniquilando todos os seres vivos exceto ele, que embarca numa viagem através de um planeta destruído e silencioso. Um apocalíptico Robinson Crusoé. Ao se se deparar com esse novo mundo apocalíptico, o Jeffson busca uma nova fé e uma nova relação com Deus, mas também a remissão de um pecado que não cometeu. Um romance que é ao mesmo tempo um notável romance de aventuras, o primeiro romance com preocupações ecológicas do século XX e uma dissertação brilhante sobre a difícil relação do ser humano com a culpa e a necessária expiação. M. P. Shiel (Matthew Phipps Shiel) - 1865-1947 - é, no dizer de muitos dos seus confrades da escrita um dos segredos mais bem guardados da literatura inglesa. Romancista e contista, publicou também alguns livros de poesia. É um dos percursores da ficção-científica moderna. Admirado por Borges foi considerado sempre como o grande escritor de culto. Foi amigo fiel de Salvador Dali que o considerava um dos maiores gênios literários do século. Excêntrico como poucos e dotado de uma imaginação e sentido de humor notáveis, Shiel costumava apresentar-se como rei Felipe de Redonda, uma ilha desabitada situada a poucas milhas da sua ilha natal de Montserrat no Caribe. Após a sua morte, o reino passou de herdeiro literário em herdeiro literário.
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