A Poesia flutua por ser firula, flâmula em versos. Pluma que flutua. Com rimas ou sem. Mas que possua, porém, a necessidade de chegar aos sentimentos do caríssimo leitor. E emocioná-lo de uma forma plena, absoluta e muitíssima inefável. Também flutue e haja a poesia com propósitos de serem bombas e mísseis cirúrgicos a fim de atingirem os alvos difíceis e áridos dos corações bélicos. Possua a chave mágica que leve à paz. Esvoace feito os vapores dos gêiseres e queime as mãos que roubam, assassinam, assinam e sempre condenam à miséria os desamparados. Mas sabemosque um dia o mal terá um fim...Seja pluma; mas seja igualmente louca o suficientepara romper com a estratégia da política gananciosa e tão cruel dos corruptos decarreira. Ávidos profissionais do lodo dos viscosos manguezais. Sabemos que um dia,o mau político vai sucumbir. Estes olhares todos, por vezes mais, por vezes menos,nos olham e nos contemplam os poemas do novo livro de Fernando Pellisoli. E nem precisa socorrer-se de seus heterônimos para nos falar pluralmente neste inquietantee flutuante A poesia flutua. Rossyr Berny Prêmio Açorianos de LiteraturaVice-presidente da Academia Rio-Grandense de Letras Marca: Ipê das Letras