Em A Princesa de Babilônia, Voltaire mescla exotismo oriental, romance de aventura e sátira filosófica para construir uma narrativa envolvente e crítica, utilizando um espelho fabulado. A trajetória de Formosante, princesa culta e determinada, e de Amazan, pastor virtuoso e audacioso, percorre impérios, costumes e crenças, revelando as contradições da Europa da século XVIII. A leveza da forma esconde uma profundidade crítica: religião, poder, intolerância, e liberdade são tratados com o espírito agudo que consagrou Voltaire como figura central do iluminismo . Ao mesmo tempo encantadora e provocadora, esta novela oferece ao leitor contemporâneo a oportunidade de refletir sobre os ideais de razão e justiça e de conhecer a vitalidade filosófica da literatura volteriana.