Alga Viva é um elogio ao movimento das criaturas aquáticas: algo esbarra, se desvie, ou abra buraco, para que passe. Esse movimento se organiza com precisão em poemas que exibem a má condição das certas águas. Eventos simbólicos são convocados: rompimentos de barragens de mineração e vazamentos de petróleo são investigados de forma rítmica e imagética por Júlia Vita. A matéria aquática abre ainda diálogo com a sexualidade feminina. Nas palavras de Claudio Willer, que assina a apresentação: Trata-se, portanto, de poesia de resistência, mas não aquela pautada pelo didatismo evidente, e sim pela glossolalia, da outra língua, sustentada pelo ritmo. Marca: Córrego