Mário De Andrade Causou Escândalo Na Década De 1920 Ao Publicar "Amar, Verbo Intransitivo". O Livro Conta A História De Elsa, Uma Governanta Alemã Contratada Por Um Membro Da Burguesia Industrial Paulistana Para Iniciar Sexualmente Seu Filho Adolescente. A Partir Do Momento Em Que Entra Na Casa Dos Souza Costa, Frulein Como Todos A Chamavam Conquista Rapidamente A Família, Mas Não Se Acostuma Com A Cultura Dos Novos-Ricos Brasileiros.a Protagonista Do Romance É Um Ser Humano Dividido Entre Razão E Emoção. O Lado Racional Da Governanta Busca Justificativas Para A Profissão De Professora De Amor, Mas É O Lado Emocional Que A Faz Se Entregar À Tarefa: Ela Alimenta A Esperança De Voltar Para A Alemanha Que Abandonara Depois Da Primeira Guerra Mundial E Se Casar Com O Homem Dos Seus Sonhos. Classificado Pelo Autor Como Idílio Texto Leve Sobre O Amor, O Livro Fala Da Iniciação Sexual De Um Adolescente Com Ironia, Numa Narrativa Experimental Para A Época. As Cenas São Separadas Graficamente, Como Cortes Cinematográficos. O Narrador É Um Personagem Como Todos Os Outros, Alter Ego Do Autor: Utiliza Metáforas Musicais, Discorre Sobre Teorias Literárias, Faz Crítica De Arte, Numa Linguagem Que Mário Chama De Brasileira: Coloquial, Repleta De Palavras E Expressões Do Cotidiano De Todo O País. Publicado Em 1927, "Amar, Verbo Intransitivo" Completou Oitenta Anos, Contrariando O Prognóstico Do Autor De Que Escrevia Algo Enraizado Numa Época, Sem Chances De Interessar Ao Brasil Do Futuro.