Quando Araújo, Um Simpático Velhinho De Quase Oitenta Anos De Idade, Descobre Que As Árvores De Uma Praça Quase Abandonada De Sua Cidade Vão Ser Derrubadas Para Dar Lugar A Um Moderno Shopping Center, Fica Inconformado. Imediatamente, Corre Até A Praça Para Ver Se A Mangueira, Sua Árvore Preferida, Ainda Está De Pé. Por Sorte, Ela Ainda Está Lá, Como Ainda Está Lá O Pequeno Coração Que Ele Havia Gravado No Tronco Da Árvore Anos Antes, Com Os Dizeres: "Araújo Ama Ophélia". Araújo Decide, Então, Ir Atrás Da Ophélia, Sua Primeira Namorada, Que Ele Não Via Há Quase Sessenta Anos. Depois De Conversar Com Ela E Relembrar O Passado, Araújo Lhe Fala Do Perigo Que Ameaça A Bela Árvore, Que Tanto Significado Tinha Para Eles. Decididos A Fazer Algo, Os Dois Se Dirigem À Polícia, Buscam O Auxílio Da Prefeitura, Mandam Cartas Indignadas Aos Jornais, Porém, Ninguém Se Decide A Colaborar. Como Desistir Está Fora De Questão, Os Dois Recorrem, Então, A Uma Última Saída: Sobem Na Mangueira E Se Negam, Terminantemente, A Descer Até Que Lhes Garantam Que Não Apenas A Mangueira, Mas Todas As Árvores Da Praça, Continuarão De Pé. Os Engenheiros, Irritados Com A Perda De Tempo, Procuram De Todo Modo Convencê-Los A Descer Da Árvore E Chegam Até Mesmo A Chamar A Polícia, Sem Sucesso. Aos Poucos, Estimulados E Comovidos Com A Atitude Dos Dois Velhinhos, Muitos Dos Moradores Da Região Passam A Manifestar-Se Contra A Derrubada Das Árvores, Dando-Se Conta Do Quanto Aquela Praça Possuía Um Papel Importante Em Suas Vidas. Por Fim, Diante De Tantas Manifestações De Repúdio À Derrubada, Os Engenheiros Acabam Por Ir Embora, Deixando As Árvores Em Paz.