Ariadne na Ilha de Naxos

Partindo da premissa de que certas narrativas e personagens do passado, mítico ou não, repetem-se em vidas presentes ou futuras, a autora resgata o mito de Ariadne para falar de sua própria experiência. Assim, traduz em palavras o sofrimento, a promessa de um porvir melhor, a resiliência, a vontade de viver e de superar a dor. Aborda, ainda, um período de hiato na vida da poeta. Com a escrita, pretende dar sentido à existência por meio da criação. O momento deste livro corresponde àquele em que Ariadne, na mitologia grega, é propositalmente esquecida na ilha de Naxos pelo argonauta Teseu, vivendo a experiência do abandono. Reencarnando o arquétipo de Ariadne, a Senhora do Labirinto, a autora nos fala de loucura, solidão e superação, enquanto aguarda a vinda do amado desconhecido: Dionísio. (Tamara Chagas, 16 de fevereiro de 2023) Este livro, que reúne textos escritos entre 2014 e 2023, pretende ser um mergulho na loucura para, a partir dela, de seu interior, submergir na cura e no estado de liberdade mental que só a criação artística pode proporcionar. Propõe um atravessamento na alma feminina por meio da poesia, resgatando uma personagem mitológica Ariadne , para falar de uma nova subjetividade pertencente ao mundo contemporâneo. Trata-se, enfim, de um relato de sobrevivência ao caos, à vulnerabilidade e ao abandono. (20 de junho de 2021 e 17 de fevereiro de 2023) Sobre a autora: Tamara Chagas nasceu em 1984, em Vila Velha, Espírito Santo. É historiadora da arte, poeta e artista. Formou-se em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde também cursou Mestrado em Artes. Graduou-se em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Vila Velha. Atualmente, cursa Doutorado em História na UFES, com bolsa CAPES. É autora do livro de não ficção Frederico Morais: a crítica de arte e seus desdobramentos (Edufes, 2019). Coorganizou o Representações do feminino na Antiguidade e no Medievo (Milfontes, 2022). Escreve poesia desde os 12 anos de id
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