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Originalmente lançado em 2001, As cinco estações do amor vencedor do Prêmio Casa de las Américas , de João Almino, retorna às livrarias em uma nova edição, com nova capa, seção inédita de fortuna crítica e texto de orelha assinado por Adriana Lisboa.
As cinco estações do amor é uma obra fascinante que explora as transformações que marcaram o Brasil nas últimas três décadas. Oferecendo, como descreve o próprio autor, uma reflexão contemporânea sobre os dilemas de uma juventude perdida, a violência, os papéis sexuais e as mutações no amor e amizade, o terceiro romance de João Almino se apresenta como uma metáfora engenhosa sobre o fim de uma era e a ilusão do surgimento de um novo homem.
O livro contrapõe a Brasília atual, marcada pela violência, à cidade que os personagens conheceram em sua juventude, um lugar onde a utopia parecia possível. Com uma linguagem cativante, a obra é narrada do ponto de vista feminino, pela personagem Ana, que busca um sentido para o vazio do Planalto Central. A trama tem, como fio condutor, a história de um amor possível e nem um pouco idealizado, e, a partir dele, João Almino analisa, além da relação exclusivamente erótica, várias manifestações do amor: o desejo de completar-se no outro, o amor-paixão uma espécie de servidão voluntária , o amor não correspondido, o desejo de posse, o amor faminto, entre outros. Através dessas múltiplas manifestações, o autor reinterpreta temas universais como amor e amizade, investigando como o sexo e a sexualidade interferem na percepção e vivência dessas emoções.
Publicado pela primeira vez em 2001 e traduzido para diversas línguas, como espanhol, inglês e italiano, As cinco estações do amor retorna aos leitores em uma nova edição, com nova capa, seção de fortuna crítica inédita e texto de orelha assinado por Adriana Lisboa.
É interessante ver de que maneiras o romance, originalmente lançado em 2001, também se ressignifica nos nossos dias. Se, desfeita a ilusão juvenil, a narradora de João Almino busca o outro à altura do seu sonho, também nos recorda, sóbria, que a realidade que desconhecemos é sempre maior que todos os sonhos que sonhamos. Já não falta o mar. Basta a Brasília, a liberdade de um céu imenso. Adriana Lisboa
É um estilo necessário na atual ficção brasileira. João Gilberto Noll
Almino pertence à estirpe daqueles autores que expõem e examinam os estados de alma dos personagens, amplificando as possibilidades de apreensão e reflexão sobre o fato narrado. Luiz Ruffato
A literatura de João Almino é contemporânea; sem ilusões, impiedoso com as utopias e os sonhos fáceis, ele escreve não como o retratista que deseja reproduzir o real, para celebrá-lo, mas como o carrasco que, pisando o real, nos empurra de cara no chão. José Castello