Asfalto, quarto livro de Diana Junkes, é um livro que se distingue em muito dos demais que a autora escreveu. Assume, para começar, apenas uma palavra como título ao passo que os títulos dos seus outros livros são sempre de estrutura tríptica: clowns cronópios silêncios, sol quando agora e asas plumas macramê. Nesse ponto, asfalto abre um caminho novo para a poesia de Junkes. Dividido em cinco seções, asfalto é extenso comparado aos demais, seja no número de poemas (e nisso asfalto se aproxima do primeiro livro, clowns cronópios silêncios), seja no tamanho dos mesmos (o que o aproxima dessa vez de macramé...), indicando uma fatura mais aberta, ainda que a poeta, em momento algum, reitero, abra mão da costura, do corte, do ritmo típicos da poesia.