Diante do negacionismocegueira ou simplesmente insistência de uma percepção alienada da realidadeo nome que se queira dar a essa ubíqua escalada obscurantista que podemos observar aqui no Brasileste trabalho oferece aos leitores um exemplo empírico do modus operandi de como os pares de uma importante instituição de ensino de arte e design no Rio de Janeiro reproduzem um programa ideológico reacionário para o Campo da Arte.Sustentamos que esse manejo é político eem certa medidapode ser considerado como um exemplo para quase todas as instituições de formação de artistas e designers do país. Procuramos esclarecer o funcionamento como o Campo da Artecomo ele consagra ou legítima coisas diferentes como iguaiscomo estabelece uma confusão teóricabem ao gosto da prática política da extrema-direita em ascensão em todo o planeta. Além dissoreforçamos a importante noçãoatualmente meio esquecida ou tida como pretéritada íntima associação da arte com a vida social. Esforçamo-nos para ressaltar a dimensão política da arteque não é necessariamente partidáriamas que em sua origem a determina. Daío que deveria ser plural e democráticoescorre e se dissemina por entre as fissuras do Campo da Arte.