Até que ponto é possível se esconder de si mesmo? Neste livro, uma tragédia familiar desestrutura a vida burguesa de um homossexual no armário. Um pequeno estudo sobre a força irresistível da sexualidade. Em Cloro, Constantino é um defunto autor. No limbo em que se encontra, ele rememora fatos decisivos de sua vida — até a morte inesperada, aos cinquenta anos de idade. Advogado bem estabelecido em São Paulo, aprendeu na infância que "ser bicha não era bom". Sempre escondeu seu desejo. Desde cedo , incorporou um personagem heterossexual. Casou-se com Débora, sua namorada de adolescência, e foi pai de dois filhos. Um acontecimento trágico rompe o frágil equilíbrio em que se mantinha, e ele é confrontado com sua homossexualidade. Passa a levar uma vida dupla. Encontra-se com homens e apaixona-se por Emílio, diplomata que conhece em Brasília. Pela voz de Constantino e depoimentos de seus familiares e amigos, Alexandre Vidal Porto oferece uma narrativa lúcida e necessária para os tempos atua is — quando ser você mesmo é um ato de coragem.