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extra.com.brLivrosLiteratura EstrangeiraRomance

Coletânea Floral

(Cód. Item 1572834663)

Outros produtos Não Informado

Vendido por Livraria Martins Fontes e entregue por Extra

por R$ 69,90

ou em até 7x de R$ 10,80 com juros (1.99% a.m)

Por trás de um aparente bucolismo, Coletânea floral, de Selma Merbaum, é um livro que espanta por sua atualidade e força. Alinhada ao que hoje tem se chamado de “pensamento vegetal”, corrente de pensamento em resistência ao antropocentrismo, a obra, concebida há mais de oitenta anos , surgiu como resistência a outro tipo de horror: o nazismo. São poemas descobertos apenas em 1980, que desde então correm o mundo e chegam agora ao público brasileiro pela Folhas de Relva. Selma Merbaum viveu pouco mais de dezoito anos. Nasceu em 1924 na cidade romena de Czernowitz, hoje parte da Ucrânia, numa família judia de língua alemã. Teve o mesmo destino de outros milhares de judeus de sua cidade: os campos de concentração da região ucraniana da Transnístria. Ela e seus familiares foram levados em 1942 para Michailovka, campo de trabalhos forçados onde também padeceram os pais do poeta Paul Celan, seu primo e conterrâneo. Ela começou a escrever cedo e tinha o hábito de presentear os amigos com cópias de seus versos. Hábil que era em trabalhos manuais e já com alguma noção de edição artesanal, criou seu Álbum de poesias: papel em formato paisagem, no qual cada poema ocupava o centro, em cuidadosa caligrafia, sendo o conjunto encapado em papel de motivo floral com fundo azul celeste; dois furos modestos na margem esquerda bastaram para completar a encadernação, atada por um cordão preto, talvez utilizado anteriormente para prender os próprios cabelos. Ao editar os poemas no álbum, manteve-os datados, mas preferiu não organizá-los em ordem cronológica. Deu-lhes outra disposição, floral, em capítulos nomeados “Cravos vermelhos”, “Crisântemos brancos” ou ainda “Papoulas selvagens”, nos quais, entre acalantos e canções, encontram-se títulos como “Pétalas da macieira” e “Castanhas”. O livro precisou de muitos desvios para chegar até nós. Pouco antes de ser deportada, no verão de 1942, a autora entregou-o a um estranho na praça central da cidade. Dali, a obra passou pelas mãos da melhor amiga, do namorado, ficou guardado no gueto, depois num cofre em Israel, até finalmente virar reportagem da revista Stern em 1980. Hoje, figura entre os principais títulos da poesia de língua alemã do século 20, tendo entre seus entusiastas nomes como a poeta Hilde Domin, o músico Herbert Grönemeyer e a dramaturga Iris Berben. Longe de seus poemas, Selma morreu de febre tifo poucos meses após chegar ao campo de concentração, em 16 de dezembro de 1942. Sua mãe e seu padrasto foram fuzilados em 1943.
Marca: Não Informado

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