Vamos Dar A Palavra A João Carlos Marinho: Desde Criança Sou Apaixonado Pelo Conde Drácula. Quando Ia Assistir A Um Filme De Terror E Não Sentia Muito Medo Eu Achava Que Tinha Sido Roubado. Múmias, Lobisomens E Almas Penadas Sempre Achei Inconvincentes, Pouco Interessantes E Nada Assustadores. Só O Drácula Me Metia Medo, Eu Me Virava Na Poltrona, Enfiava A Unha. O Conde É Inteligentíssimo. Culto. Filosofia, Música, Artes, Sua Cabeça Abrange Tudo. Sabe Manter A Tranquilidade E Frequenta A Sociedade Com O Desembaraço De Um Grande Senhor. Este Relacionamento Que O Drácula Cria Com A Sociedade E Suas Qualidades Intelectuais Dão Margem A Um Desdobramento Do Clima Do Medo Inacessível A Outros Monstros. A Não Ser Que Se Queira Fazer Uma Caricatura Do Drácula, Misturando Dentes, Sangue E Castelos, A Complexidade Do Personagem Torna Muito Difícil Fazer Uma História Onde Ele Apresente As Suas Qualidades E Sua Dignidade.