A história do casal Anita de Montemar e Alfredo Medina, da filha adotiva Alice e da mãe biológica da menina, Carlota, revelou-se um grande fenômeno de audiência, como apontam os jornais da época. A partir desse sucesso, as radionovelas tomaram de assalto a programação das rádios, tornando-se um importante produto cultural brasileiro que, mais à frente, deslocou-se para a televisão, mantendo sua relevância até os dias de hoje.
O livro Em busca da felicidade: da aposta ao fenômeno, do silenciamento à patrimonialização se propõe a contar a história da primeira radionovela brasileira sob duas perspectivas. A primeira foca na obra de radiodramaturgia, interpretando as condições que possibilitaram o início da produção de radionovelas no Brasil e os elementos que ajudam a entender o sucesso que o formato alcançou já em sua primeira experiência no país. A segunda explora o roteiro de Em busca da felicidade enquanto bem arquivístico, analisando desde o longo período em que ficou guardado nos armários da Rádio Nacional até sua certificação como patrimônio documental pelo Programa Memória do Mundo da Unesco.