“Captura da subjetividade”, a que esse termo lhe remete? [...] o processo de ‘captura’ da subjetividade do trabalho vivo é um processo intrinsecamente contraditório e densamente complexo, que articula mecanismos de coerção/consentimento e de manipulação não apenas no local de trabalho, por meio da administração pelo olhar, mas nas instâncias sociorreprodutoras, com a pletora de valores-fetiche e emulação pelo medo que mobiliza as instâncias da pré-consciência/inconsciência do psiquismo humano. (ALVES, 2011, p. 114). Toda empresa busca pessoas comprometidas e que queiram alcançar os seus objetivos e metas. Mas será que todas as organizações sabem como agir para encontrar pessoas com esse perfil? E que meios estão sendo utilizados para levar essas pessoas a se engajarem mais? Este livro retrata um termo não muito conhecido, mas que faz parte da vida das empresas e também das pessoas, é a chamada “captura da subjetividade”, que as pessoas estão vivenciando mesmo sem saber. O estudo buscou realizar um levantamento da percepção dos funcionários de uma rede de supermercados a respeito de como a cultura organizacional pode influenciar em suas atitudes e comportamentos e quais são as consequências das formas utilizadas pela organização estudada para colocar em prática os seus objetivos, buscando o comprometimento e o engajamento dos trabalhadores. Nesse contexto, o desemprego mostra-se como grande disciplinador da força de trabalho e submete os trabalhadores a situações precárias de trabalho. Por outro lado, as empresas também precisam da colaboração e do comprometimento dos trabalhadores, por isso, procuram meios para fazer com que estes se sintam motivados, engajados e aumentem sua produtividade. Para esse fim, elas constroem políticas de gestão incumbidas de “capturar” a subjetividade dos trabalhadores, visando ao seu maior engajamento. O presente estudo buscou conhecer as formas dessa captura da subjetividade. Este livro é direcionado a estudantes, professores, trabalha