I Seminário Internacional EBAURBE: refúgios, futuros habitáveis e reinvenção de cidades

Na contemporaneidade, a arte urbana, nas suas múltiplas manifestações, reafirma-se como um potente veículo de produção e reverberação de narrativas na esfera patrimonial que, por sua vez, evoca na paisagem urbana as heranças do contexto local e reaviva o espírito do lugar, aspectos universais que devem ser respeitados nos sítios do Patrimônio Mundial. De maneira análoga, a conservação torna-se sinônimo de decolonização, na medida em que promova equidade e justiça por meio da coexistência e do diálogo entre os diversos segmentos sociais sem desconsiderar a diversidade de etnias e racialidades que formam o tecido sociocultural e socioespacial. O reconhecimento da arte, da cultura e da história da cidade, portanto, torna-se chave para a valorização da herança e da identidade locais pelas comunidades.