Em 14 de fevereiro de 1989, Salman Rushdie recebeu um telefonema que mudaria sua vida para sempre. Uma jornalista da BBC informava o escritor britânico de origem indiana que o aiatolá Khomeini, líder supremo do Irã, acabara de emitir uma fatwa contra ele - uma espécie de sentença de morte, lançada ao mundo todo. Seu crime? Ter escrito o romance Os versos satânicos, obra acusada de ser "contrária ao Islã, ao Profeta e ao Corão". Assim começa a história extraordinária do escritor que se viu forçado a viver na clandestinidade, mudando de uma casa para outra e com uma escolta policial que o acompanhava 24 horas por dia. Quando o serviço secreto pediu a Rushdie que criasse um codinome, ele pensou em dois escritores que amava, Conrad e Tchekhov, e na combinação de seus primeiros nomes: Joseph e Anton.