Lima Barreto (1881-1922) é um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Duramente rechaçado pelos críticos de sua época – por usar uma linguagem coloquial e criticar abertamente a sociedade hipócrita e racista de então –, entrou para a galeria dos “malditos”. Autor de obras-primas como Triste fim de Policarpo Quaresma e Recordações do escrivão Isaías Caminha, produziu romances, novelas, contos, crônicas e diários. Vítima de preconceito por ser negro e pobre, só teve a obra reconhecida décadas após sua morte. O livro analisa a produção de Lima Barreto e mostra a atualidade dos problemas que ele apontou no início do século XX.
Esta obra faz parte da Coleção Retratos do Brasil Negro, coordenada por Vera Lúcia Benedito, mestre e doutora em Sociologia/Estudos Urbanos pela Michigan State University (EUA) e pesquisadora dos movimentos sociais e da diáspora africana no Brasil e no mundo. O objetivo da Coleção é abordar a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra. Outros volumes: Abdias Nascimento, João Cândido, Lélia Gonzalez, Luiz Gama, Nei Lopes, Sueli Carneiro.
O autor
Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, é formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Teoria da Literatura e doutor em Literatura Brasileira pelo Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi um dos fundadores da organização literária Quilombhoje e um dos criadores e mantenedores da série Cadernos Negros. É autor de obras como Poemas da carapinha (1978); Dois nós na noite e outras peças de teatro negro-brasileiro (1991); Moreninho, neguinho, pretinho (2009, ensaio); Poemaryprosa (2009, poemas); Literatura negro-brasileira (2010).