Compreender O Processo De Emergência Das Medicinas Tradicionais Indígenas No Campo Das Políticas Públicas De Saúde Indígena É O Objetivo Deste Livro, Que Analisa Os Discursos Proferidos Por Uma Diversidade De Atores Indígenas E Não Indígenas, Governamentais E Não Governamentais, Nacionais E Internacionais. Dessa Forma, A Obra Revela Uma Dinâmica Que Vai Do Global E Ao Local, E Transforma Os Contextos Envolvidos, Originando Novas Formações Culturais. As Políticas Públicas Que Qualificam Os Seus Objetos E Público-Alvo Com A Categoria Tradição Conformam Uma Formação Discursiva, Definida Pela Autora Como Políticas Da Tradição . Um Exemplo São As Políticas Voltadas À Saúde Indígena, Que Têm Buscado Reconhecer A Eficácia Das Medicinas Tradicionais Indígenas E Articulá-Las Com O Sistema Oficial De Saúde. No Entanto, Ao Serem Apropriados Pelos Povos Indígenas, Os Discursos Oficiais São Postos A Serviço Dos Seus Interesses Culturalmente Situados Assim, Estamos Diante Do Fenômeno Da Indigenização , Diz A Pesquisadora. E Essa Indigenização Se Refere Aos Processos Levados A Efeito Pelos Povos Indígenas Ao Se Apropriarem Das Políticas Públicas A Fim De Manter A Sua Autonomia E Reverter A Seu Favor O Controle Que O Estado Passa A Exercer Sobre O Mundo Da Vida De Suas Comunidades . O Livro Busca Contribuir Para A Consolidação Do Direito Indígena À Atenção Diferenciada À Sua Saúde, Considerando As Relações Historicamente Construídas Entre Povos Indígenas E Estado. Em Acesso Aberto No Scielo Livros Doi.Org/10.7476/9788575415108