Memórias de um Galho de Árvore

Em um bazar beneficente realizado em uma instituição de caridade em Curitiba, no sul do Brasil, no ano de 2016, os organizadores encontraram, entre as doações, uma peça de madeira que não conseguiram identificar. A conclusão a que chegaram foi que a peça fazia parte de algo que havia se quebrado, portanto, foi deixada de lado para ser descartada. No entanto, houve uma reviravolta que a salvou da lixeira: a peça desapareceu, reaparecendo misteriosamente seis anos mais tarde no mesmo local. O fato atiçou a curiosidade de uma das voluntárias, que, não acreditando em coincidências, levou a peça para sua casa na tentativa de descobrir do que se tratava. O desfecho dessa história deu origem a esta obra, na qual ficção e realidade se entrelaçam em uma jornada de retorno, quando aquele pedaço de madeira era apenas um galho de árvore, no norte da Floresta Amazônica brasileira, chamado Tisco. Um galho franzino, porém, de alma inquieta e espírito aventureiro, que não se conformava em ser apenas um galho de árvore. Características que o tornaram o escolhido para transportar um comunicado universalista, destinado ao mundo dos humanos, cuja finalidade é libertar, com sutileza, aqueles que ainda estão aprisionados pelas ilusões impostas por alguns conceitos que, até então, são considerados verdades absolutas. Através das aventuras de Tisco, a obra propõe descontração, ao mesmo tempo que instiga reflexões, dentre as quais se destaca: até que ponto somos realmente todos culpados e devedores?
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