Em Modernismos múltiplos, Raúl Antelo investiga as relações entre o modernismo e a imagem, entendida não apenas como representação do visível ou reflexo sensível, mas como coisa viva, capaz de agir, reagir e transformar. As imagens, longe de serem formas estáticas, revelam-se metamorfoses que atravessam a história e instauram novas linguagens artísticas, feitas de ausência, sobrevivência e reinvenção. A obra questiona os limites do conceito de moderno e da própria modernidade, explorando o papel da imaginação como força que movimenta e conecta diferentes expressões culturais. Do diálogo entre fantasmas literários e cultura de massas, da música moderna às vozes de artistas mulheres, da teoria musical à poesia abstrato-concreta, o percurso é marcado pela negatividade e pela travessia de espaços de resistência: poesia, paisagem, desapropriação. Mais do que um estudo, trata-se de uma reflexão crítica sobre como o modernismo se multiplica e resiste, em constante trânsito entre o velho e o novo.