Os Ensaios Que Integram O Novo Tempo Do Mundo Formam O Mapa Possível De Nosso Tempo - Um Tempo Em Contínua Guerra Civil, Assinalado Pela Ausência De Perspectivas, Estado De Exceção Permanente, Catástrofe Ambiental, Colapso Urbano E Militarização Do Cotidiano: Uma Era De Perpétua Emergência, Em Que Esquerda E Direita Confluem Na Gestão De Programas De Urgência. Refletindo Sobre As Manifestações De Junho De 2013, O Extermínio Colonial, A Economia De Guerra, A Indústria Dos Presídios, As Upps, O Trabalho Nos Campos De Concentração, As Revoltas Nos Guetos, O Golpe Militar De 64, Paulo Arantes Enfrenta Neste Livro O Ambicioso Desafio De Pensar A Experiência Da História Em Uma Era De Expectativas Decrescentes. Se A Esquerda Intelectual Brasileira Pretende Mesmo Algum Dia Despertar Do Coma Profundo Em Que Se Encontra, Provoca Arantes, Creio Que A Primeira Providencia Seria Repassar Os Grandes Lugares-Comuns De Nossa Tradição Crítica Por Um Prisma Teórico E Político À Altura Da Ruptura De Época Que Estamos Atravessando As Cegas. O Livro Integra A Coleção Estado De Sítio, Coordenada Por Paulo Arantes, Na Boitempo E Conta Ainda Com Um Generoso Prefácio De Marildo Menegat Intitulado Um Intelectual Diante Da Barbárie, Que Reflete Sobre A Modalidade Singular De Teoria Crítica Empreendida Por Arantes No Livro. Situada Na Tensa Fissura Entre Espaço De Experiência E Horizonte De Expectativa, A Escrita De Arantes Lida Com A Substancia Social Própria Da Modernização Capitalista Para Absorver A Experiência Contraditória Da Contemporaniedade.