A.E. Housman dizia de si próprio: «Não sou poeta. Considero-me um classicista que escreve ocasionalmente uns versos.» Contudo, esta sua modéstia não impediu que fosse admirado pelos maiores poetas do século XX, como T.S. Eliot, W.H. Auden ou Philip Larkin. A sua importância e influência foi sendo reconhecida, mas a sua obra carecia de uma antologia em língua portuguesa. O Filho do Carpinteiro, traduzido por Hugo Miguel Santos, é a apresentação necessária ao reconhecimento deste poeta. XII UM EPITÁFIO Pára, se quiseres, ó transeunte: A noite aproxima-se; de nada vale falar. Já não suspiro, não coro, não enlaço o rosto, Já nem me atormenta o mal que Deus me fez. Aqui, neste bálsamo para tantas febres achadas, Febres de um mal antigo, durmo para sempre.