A sopa de letrinhas do jantar de André é um verdadeiro labirinto. A imaginação do menino voa longe com as palavras da nossa língua, expressões de nossa linguagem coloquial e o modo de dizermos as coisas de forma quase enigmática para as crianças. Da sopa de letrinhas saltam “Labirinto”, “maneiro”, “maculelê”, “aventura”, “manteiga-derretida”, “estômago de avestruz”, “mirabolante”, “coragem”… Era do que André precisava: coragem para decifrar o que os adultos diziam naquela linguagem “diferentona”. Ele acabou de tomar sua sopa, saiu do labirinto e agora brinca com as palavras da nossa língua, misturando tupi, guarani e “africanês”.