Duas personagens encontram-se repentinamente em uma ponte, sob o manto de uma noite tranquila e o foco luminoso de uma lua crescente. Até aí, um cenário comum para um encontro provável a tantas narrativas romanescas, talvez motivado por uma paixão às escondidas ou pelo desejo de contemplar as águas. Mas o motivo que liga Licurgo e Edileia, em lados opostos da ponte Ruy Castro, é apenas um: o desejo de saltar do parapeito amarelo em direção às pedras nuas e indiferentes do rio que passa vinte metros abaixo e pôr um fim à própria vida.