Usando um formato talvez inédito em Língua Portuguesa - seriam haikais em prosa ou minicrônicas?-, Paulo Mendes Junior, através do personagem Pó, nos revela o inusitado, o absurdo, o poético de acontecimentos singelos e apenas aparentemente banais do dia a dia. Suas observações sobre si mesmo, as pessoas e os diferentes assuntos são sempre divertidas e cheias de humor sutil, atingindo algumas vezes profundidade espiritual ou filosófica com uma prosa sofisticadamente simples. O leitor se afeiçoa rapidamente a Pó ao longo da leitura, e ao final das cinco temporadas fica querendo saber mais sobre o personagem, sobre histórias que apenas insinua, sobre o que diria a respeito de situações que nós mesmos passamos a testemunhar com um novo olhar.