Este é um romance baseado na aventura de Binot Paulmier de Gonneville. Dez anos depois de Cristóvão Colombo aportar na América e cinco após Vasco da ampla variedade abrir a rota à Índia, o normando Binot e um grupo de burgueses de Honfleur, em 1503, decidiram armar o navio L’Espoir, para comerciar especiarias. Nenhum normando conhecia o céu do Sul e Binot contratou dois pilotos portugueses. Na viagem, calmarias e tempestades desorientam o navio que encalha na desconhecida foz do Rio São Francisco do Sul, onde são recebidos amigavelmente pelos Carijó – culturas se chocam. Passados seis meses, ao regressar, levavam o filho do cacique, prometendo trazê-lo “vinte luas depois”, quando, ainda na costa brasileira, canibais mataram e devoraram parte da tripulação. Livres, os marinheiros restantes vaguearam sem rumo e, exaustos, nos Açores, foram proibidos de desembarcar. A saga continuou; piratas atacam e afundam o navio na costa de Jersey. Dois anos de aventuras e arruinados, os sobreviventes estão em Honfleur na companhia do primeiro indígena a chegar na França, Iça-Mirim. Binot não conseguiu honrar sua palavra e o jovem, com o nome de Essomericq, viveu na França, casou-se duas vezes, teve 14 filhos, e morreu em 1583, talvez com 95 anos.