Habitar um quadro de Klimt pode parecer belo, mas há algo de sufocante no dourado que não respira. Neste livro, a poesia é o lugar onde o excesso vira silêncio e a imagem vira pergunta. Sem prometer respostas, os versos caminham entre o sagrado e o íntimo, entre o amor que acende e a perda que atravessa. Cada poema é gesto e rito: acende a luz oblíqua da sensibilidade sobre o que se cala, o que se esconde, o que permanece. Ler este livro é como encostar o ouvido numa moldura e escutar o que pulsa por trás da beleza: aquilo que arde, mas não se vê. Marca: Não Informado