Membro do Grupo Independente da Sociedade Psicanalítica Britânica, Christopher Bollas é realmente um pensador independente. Encontrou seu caminho próprio entre as escolas de psicanálise contemporânea, não como um seguidor, mas como um viajante solitário, que percorre os Estados Unidos, a Inglaterra e a França, principalmente. Não que ele tenha negado reconhecimento a alguns de seus antecessores como Winnicott, Marion Milner e outros. Aprendeu com eles, acima de tudo, que a psicanálise é uma experiência que não pode seguir um estilo que pertence a uma experiência mecânica. O título deste livro, emprestado de Freud, marca sua preferência pela linguagem metafórica. Seu pensamento se alimenta não só do que seus pacientes o ensinaram, mas também do que os gigantes da literatura universal escreveram. Seu estilo tem as marcas de sua formação fora da psicanálise, pois ele jamais esquece que o paciente não é, como Winnicott disse certa vez, um poema ou um romance, mas uma pessoa que se alegra e que sofre e com quem é essencial se relacionar.