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extra.com.brLivrosLiteratura NacionalFicção Científica

Travessia Por

(Cód. Item 1571675703)

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A poesia de Fadul M. é culta, experimental, investigativa. Não apenas incorpora a experiência de leitura como explora diversas de suas possibilidades criativas.Dialoga com poetas do passado, com a poesia contemporânea, com a poesia amazônica. A tradição aqui não é bem um monumento, mas uma constelação , istoé, um amplo conjunto de singularidades organizadas em traços imaginários, cujo centro é o vazio.As palavras de Walter Benjamin assombram o livro, desde sua epígrafe. Trata-se de pensar os fragmentos, identificando seus extremos, a fim de enfrentara descontinuidade incontornável. Poeticamente, não deixa de ser também o desafio das imagens, o trabalho com padrões figurativos. Espectros, fantasmas, ruínas,por sua opacidade e sua indecidibilidade, colocam o descontínuo e o vazio não como pontos de absoluta cegueira, mas como assombros, como lugares de enigma, dispositivos cifrados. A exemplo das constelações (mesmo que sejam aquelas colhidas no chão, sobreviventes), a experiência do poeta tem seu segredo codificado por tempos e distâncias espantosamente imensuráveis. E à poesia cabe formular um tal espanto. A faca não chega a lhe conferir um esqueleto: atravessando o pórtico, ela desce decisivamente até o corpo do poeta, até o corpo da poesia. Faz o corpo sangrar, de um fio de sangue graças ao qual o afeto circula. Aqui, Cabral dialoga com Ana Cristina Cesar.Da abertura da faca, não se espera clarividência, mas a fresta pela qual o segredo se expõe, mesmo pintado com tintas escuras. Pois o que escorre é ainda o que se desloca, liga os pontos, realiza o percurso. O livro de Fadul M. se coloca sob o signo dessa travessia, e sua poesia de bom grado aceita o aventuroso. O leitor-poeta atravessa a constelação das subjetividades poéticas, povoadas por espectros-palavras. E, ao final, o percurso que a lâmina inaugurou volta a se fechar, como ferida. Sobre a cicatriz, lê-se o convite para que reapareça perfurada em outra pele, pela ponta da lâmina daquele que lê.Marcos Siscar

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