Este livro tem muitas raízes. Uma delas vem de um alucinado programa econômico governamental que, no começo dos anos 1990, congelou toda a poupança dos brasileiros. Vendo-se sem dinheiro, as pessoas tiveram que se virar . Aí, de uma hora para outra, precisaram inventar maneiras de ganhar dinheiro para sobreviver. Outra nasce das minhas lembranças de um belo veraneio que passei com meu avô paterno, só nós dois, em uma casinha de madeira. A terceira vem de minha decisão de inverter uma narrativa bastante comum, que é aquela do avô bem-comportado que tenta passar valores aos seus netos. Aqui, o arteiro é o velho. Quem transmite valores é o garoto, que vai morar com o avô e precisa acompanhá-lo quando sai praticando vigarices a fim de ganhar dinheiro. E o leitor ganha aventuras malucas, cenas hilárias e o humor agudo e irônico do autor, que não deixa passar nada...