As múltiplas velhices brasileiras As velhices no Brasil são diversas, como diversos são os modos de narrá-las. Em um país marcado pela desigualdade social e pelo descaso histórico, o envelhecer assume múltiplas faces. Cada vida carrega sua forma própria de resistência — a de nossas velhas e velhos que lutam, com dignidade, por existir. Essa multiplicidade não é apenas uma constatação social; é um dado poético, um reflexo de identidades que se reconfiguram a cada gesto e a cada memória. A poesia como espelho do envelhecer Nos versos de Guilherme Torres Correa, a velhice não é um ponto final, mas um espaço de reinvenção. Seus poemas revelam a tensão entre o que permanece e o que se transforma — entre o passado vivido e o presente que insiste em pulsar. Por meio de uma linguagem ora íntima, ora reflexiva, Guilherme constrói um jogo de espelhos entre o leitor e o envelhecer: quantas velhices cabem em nós? Quantas conseguimos reconhecer como nossas? Felicidade, contradição e permanência Mesmo diante das dores e incertezas, a poesia de Guilherme encontra na vida cotidiana e nas redes sociais uma forma de alegria: não a felicidade idealizada, mas a que nasce da contradição, da luta e da persistência. É uma escrita que toca o tempo e faz da maturidade uma experiência estética e política — uma expansão da potência de existir. Principais temas Diversidade das velhices no Brasil Envelhecimento e desigualdade social Poesia como resistência e reinvenção Felicidade na contradição cotidiana Expansão da vida e do afeto através da palavra